segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

“Bico de Silicone” - Qual é a função do bico de silicone? Mas será que ele ajuda?


Teoricamente ele foi criado para melhorar os ferimentos, como se fosse um anteparo uma capa protetora, para diminuir o machucado. Em algumas situações  que eu atendo, o bico de silicone piora a situação, não tem resolvido. Infelizmente quando vou atender a mãe, na maioria dos casos, ela já está usando o bico de silicone e muitas vezes ele piora os machucados e o bebê se acostuma com a facilidade do bico do silicone no céu da boca e não aprende a mamar como deveria.  
 Porém a causa dos mamilos feridos é porque o bebê está pegando errado no seio materno e para o ferimento mamilar o bico de silicone pode piorar a situação.  O bebê deve mamar na aréola, pois com o intermediário  de silicone ele vai mamar a borracha, como se fosse um leite drenando num bico de mamadeira e acabará fazendo confusão de bico, pois o bico de silicone encosta direto no céu da boca e também contribuirá para a diminuição da produção de leite materno. Sendo assim ele pode   perder a capacidade de busca na mamada, não aprende a mamar, e o distanciamento de pegar a aréola é maior ainda, pois quanto mais bico e menos aréola pior a mamada.
Estes intermediários também são grande fonte de contaminação nos mamilos e das mamas por conta da má higienização e favorece ainda mais as fissuras, ingurgitamento mamário, bloqueio de ducto, predispondo a mãe a uma mastite, tendo em vista que  com o bico de silicone o bebê terá que exercer mais força para sugar e não consegue escostar totalmente a mama. Além disso, o bebê pode perder peso, não ter prazer na amamentação, pela dificuldade, e recusar mamar diretamente na mama, e o tão incentivo contato pele a pele fica comprometido. Sem contar que a mãe terá que usar o intermediário e higienizá-lo toda vez que for amamentar.  
Em situações especiais (bico pequeno, invertido, semi-invertido, fissura mamiliar...) idealmente deverá ter acompanhamento de um profissional especializado na área para uma orientação adequada.
Quanto mais esse bebê for apresentado a mamadeira, chupeta, bico  silicone mais ele perde a capacidade de busca para mamar no seio materno de forma adequada “ na aréola”e mais dificuldade ele terá de fazer a pega correta.

Por enfermeira Soninha Silva



quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Boa festas



Feliz daquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina ( Cora Coralina)

UDESC/Florianopoilis


Ensino fundamental  rede pública 


Consulta pré-natal 

Saúde do Homem - SIM Plano de Saúde 

Celesc - Saúde do Homem


Hemosc/Florianópolis

Saúde da Mulher - ELO Saúde 

Celesc / Florianópolis

Oficina para casais grávidos/Florianópolis

Curso de Gestante 

Saúde da Mulher - UDESC
CEPON/SC 

Maternidade Carmela Dutra

Atendimento domiciliar

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Perfuração de Orelha de Criança Recém-Nascida

Muitas mamães me procuram para perfuração de orelhas em bebês, indico a técnica de enfermagem Ioná que é uma pessoa capacitada na qual eu treinei para realizar essa atividade, se você tiver interesse basta ligar para o telefone (48) 99114-1538 e agendar atendimento a domicílio.
  
Dicas de saúde - Furar a orelha da bebê: Como? Quando?

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permite que o procedimento seja feito com aparelhos específicos e descartáveis, fora dos Hospitais por conta do risco de infecção . O ideal é não furar logo após o nascimento. O correto é fazer o procedimento quando a criança tem aproximadamente dois meses, período que coincide com a realização das primeiras vacinas e quando a pele está menos sensível.

Ao esperar o tempo adequado, os pais minimizam os riscos. Após o procedimento, deve-se fazer a limpeza da área com álcool 70% todos os dias durante seis semanas, olhar sempre atrás da orelha para verificar se há algum sangramento ou infecção, pois pode existir alergia de contato.
Quando os pais optarem por utilizar o próprio brinco, o ideal é que se dê preferência para os de ouro maciço ou aço inoxidável, que são hipoalergênicos. Vale ressaltar que se houver algum tipo de infecção após o procedimento, o brinco deve ser retirado, a região lavada e o pediatra da criança deve ser procurado.


O profissional que cobra em média R$ 120 faz a perfuração com brincos trazidos pelos pais, geralmente de ouro. Acho que utilizar o brinco é menos agressivo, sempre perfurei com o próprio brinco. 

Enfermeira Soninha Silva 

MENSAGEM ÀS MÃES QUE NÃO CONSEGUIRAM AMAMENTAR…OU AINDA LUTAM

O leite humano não é produzido apenas nas mamas, mas também na cabeça da mulher, ou seja: há muitos fatores envolvidos em uma amamentação bem-sucedida, (muitos psicológicos - neuropsicológico).
A amamentação não é automática. Ela não é inata ou instintiva nos mamíferos humanos. É instintiva no cachorro, na girafa, no golfinho...
A amamentação não é fácil, se fosse fácil, não precisariam de campanhas, cursos, livros, consultoras especialistas na área...
Por isso que me especializei nessa área e dou cursos para orientar e preparar os casais para a chegada e cuidados com o seu bebê e também atender e acolher a mãe, o pai e o bebê durante o processo da alimentação do bebê até os primeiro ano de vida da criança.
Existem fatores psicológicos que acabam fazendo com que a mulher não consiga amamentar. Eu costumo dizer que o leite não é produzido apenas nas mamas. Ele é produzido na cabeça também. Para haver o reflexo de descida do leite, tem que haver a ativação da ocitocina. A ocitocina é o hormônio da ejeção, do trabalho de parto, e que contrai as células musculares que ejetam o leite. Se a mãe estiver com dor, aflita, com baixa autoestima, sem apoio, disfunção hormonal, não há liberação da ocitocina. Por isso que eu digo que a amamentação é um ato psicossomático complexo. “Não é simples”.
Muitas mulheres sentem dificuldades ao amamentar?
Não é para sentir dor, não é para sangrar, não é para causar fissura, não e para sofrer. Existem orientações de técnicas para ajudar a mãe a conseguir oferecer o leite para o bebê mesmo diante das dificuldades, porém não depende só dela esse esforço, terá que ter garantida a ajuda do pai ou de um familiar. Além de ter que amamentar e cuidar do seu bebê a mãe ainda enfrenta o desafio da recuperação pós-parto na qual está retornando ao estado pré-gravídico, ou seja, está com seu físico e emocional ainda abalados.
Seja qual for à razão, não amamentar pode trazer muita frustração e insegurança às mães bem intencionadas e que sonhavam com essa prática. É um desejo legítimo e inato, quase uma extensão da gravidez, nutrir seu filho do seu próprio corpo. Mas quando isso não for possível, é preciso reconhecer a possibilidade e os avanços que existem à disposição e confiar nos profissionais de saúde que acompanham o desenvolvimento da criança.
A amamentação é algo que não deve ser forçado, pelo familiar e muito menos pelo profissional de saúde e devemos ajudar essa mãe e esse bebê a aprender a amamentar e ser amamentado.  Devemos ouvir essa mulher, ela é a protagonista, ela é que está sentindo a dor, e a gente deve respeitá-la profundamente sem nenhum juízo moral. Nós temos que apoiá-la nessa decisão e respeitar os limites dela. Se a mãe não puder amamentar, recomendamos que ela, quando está dando a mamadeira, abrace muito esse bebê, tenha muito contato pele a pele com seu filho, que o pegue no colo, que o olhe nos olhos durante esse momento, assim como poderá ter a possibilidade de estabelecer uma amamentação mista.
Vale ressaltar que é muito importante a atuação do profissional com especialidade teórica e prática, na fase da amamentação, pois a mãe necessita adquirir conhecimentos sobre os aspectos biológicos, sociais e psicológicos que a norteiam nesta fase tão única.
Portanto mamãe não sinta culpa, esteja o mais presente possível na vida de seu bebê e siga tranquila. Pressão e culpas não ajudam em nada na hora de cuidar de um bebê, ao contrário, trazem ansiedade e tensão, e os pequeninos são muito sensíveis ao estado emocional de suas mamães. Saiba que você está fazendo o melhor que pode da melhor forma possível, procurando inclusive ajuda profissional para aprender esse processo da amamentação e tudo...  

Tudo estará bem.


Por enfermeira  Soninha Silva