terça-feira, 28 de outubro de 2014

Não deixe um bebê chorar

De todas as teorias do universo materno, as que me assustam são: não dar colo para o bebê, regular a amamentação em horários cronológicos e deixar o bebê chorando. Elas me pegam na alma.

Bebes não sabem falar, nasceram em um ambiente aquático, escuro, cheio de movimento e calor e estão do lado de fora.

Precisam ser alimentados, estranham. Descobrem no peito uma maneira de ter o aconchego pleno.

Basta ver uma cadela: quando o filhote chora a mãe corre e aconchega. Bebês não choram a toa e se choram estão pedindo:
- Por favor me ajude

Ajude a dormir, a enfrentar a solidão, a lidar com a temperatura que oscila.

Quando um bebê pede colo ele está reconhecendo que você é uma segurança.

Quando você nega esse colo ele pode se acostumar com a negligência e resignar-se. Mas ele não está feliz.

Eu adoro o conceito: permita que as crianças sejam dependentes no momento em que podem ser, para que sejam independentes para toda a vida.

O que mais vejo neste mundo são pessoas dependentes e resignadas.

Dependentes de comida, de medicamentos, de sexo, de necessidade de aceitação.

São, algumas vezes, sobreviventes de pequenos ou grandes abandonos.

Algumas vezes vendo esses programas que difundem a idéia da Torturadora de bebês eu sinto algo inexplicável: eu choro com a mãe que chora, com o filho que dorme soluçando.

Não há nada mais fácil e prazeroso para mãe e bebê do que deitar junto com o bebe e dormir agarradinho.

É tão rápido que eles crescem. O que são 3 anos diante de uma vida toda?

Queremos tanto a independência precoce, exaltamos isso como troféu e depois questionamos onde se perdeu esse fio.

Eu vejo idosos abandonados com cuidadores ou em asilos e vejo ali o reflexo de uma sociedade que fecha os olhos para os dependentes trocando o amor por tecnologia, chupeta, mamadeira, berço que balança e no fim, uma cama fria e olhos de uma profissional contratada.

Assim começa a vida, assim ela termina. No meio um grande vazio que tentamos preencher. Um vazio cultivado em nome dessa ilusória independência precoce.

Creditos: Kalu Brum.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Nova profissional para mães com dificuldade em amamentar

Sabendo da importância da Amamentação nos primeiros meses de vida e da dificuldade que muitas mães têm em conseguir amamentar seus bebês, a partir desta semana a Clinica Tio Cecim conta com uma nova profissional a Enf Soninha Silva COREN 383.225. Soninha é especializada em aleitamento materno e dará toda assistência no processo de amamentação com atendimento no consultório e a domicílio. Além de ensinar e ajudar as mães a amamentar também é realizado treinamento com os pais nos cuidados com o bebê.   Maiores informações 48 3211-5582

sábado, 11 de outubro de 2014

OUTUBRO ROSA E A AMAMENTAÇÃO 
Já que o mês de outubro é momento de conscientização e prevenção do câncer de mama, aproveito para levantar uma bandeira rosa e fazer uma ligação com a amamentação. Os mastologistas afirmam que mulheres que amamentam, por mais de seis meses, tem menos chances de desenvolverem câncer de mama, devido a substituição de tecido glandular por gordura nas mamas, sendo assim, a amamentação uma proteção natural. Os médicos também afirmam que para as mulheres que desenvolveram o câncer de mama, se amamentarem por mais de um ano, têm chance de desenvolver um tipo de câncer menos agressivo, com melhor prognósticos. Estudos atuais sobre as vantagens e composição do leite humano apontam que as  bebês que foram amamentadas por longo prazo  também ficam protegidas contra o desenvolvimento do câncer de mama na idade adulta. Especialistas na área da mastologia ressaltam que 55% das mulheres não costumam fazer o exame das mamas durante a gestação, sendo esse acompanhamento no pré-natal fundamental e de extrema importância para prevenir precocemente o câncer de mama. 
Enfermeira Soninha Silva

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Uso da Chupeta atrapalha na amamentação?

Oi Soninha, sobre a chupeta, eu vinha evitando usá-la com receio de que isso atrapalhe a amamentação (pela confusão de bicos). Mas, quando ele tem cólicas e chora muito, ele mesmo coloca a mãozinha ou um dos dedos na boca e chupa meio que  desesperadamente. Por isso, quando vejo fazendo isso, comecei a utilizar a chupeta, mas ainda com receio. Sempre ouvi falar q não se deve dar a chupeta, mas na prática, ela tem ajudado nisso. Me sinto um pouco mal de fazer isso, sabe? Não queria dar a chupeta, mas ela tem ajudado nos momentos de cólica intensa, parece que acalma ele. Qual a sua opinião Soninha? 

Os pediatras recomendam o uso da chupeta após a terceira semana de vida ou com a amamentação já estabelecida. Deve ser utilizada de forma racional, apenas durante o sono ou como um calmante imediato, no dia a dia, para acalmar e induzir o sono de bebês mais agitados, irritadiços  ou para os bebês que  têm necessidade intensa de sugar. Se a chupeta for oferecida nos primeiros dias de vida, quando o bebê ainda está aprendendo a mamar, pode prejudicar a amamentação sim, pois o bebê poderá fazer a confusão de bicos. A chupeta pode confundir o bebê, que ainda está aprendendo a mamar. É muito diferente a forma de sugar um seio da sucção da chupeta. 
O ideal é tirar a chupeta o quanto antes, de preferência quando a criança completar o primeiro ano de vida, pois segundo opinião dos ortodontistas o uso prolongado pode causar alterações na postura da língua, na fala e respiração do bebê. Para os pediatras as infecções do ouvido  médio, diarreias e parasitoses intestinais ocorrem com mais frequência nas crianças que usam chupeta. 
Há dados indicando que nove de dez mães dão a chupeta se o filho que acabou de nascer está chorando. E cremos que a maioria das mães a inclui no enxoval trata-se de um habito que vem sendo utilizado a séculos. Os pais devem Tentar  conhecer o bebezinho,  nos primeiros dias. Chupeta é exceção. 


Veja alguns conselhos:

Usar a chupeta se o bebê tiver uma necessidade intensa de sugar: Não deve ser ofertada com tanta liberdade, e  não deve fazer parte do enxoval, se oferecida,  o bebê vai sugar e se deliciar;
Usar a chupeta mais simples, que não seja colorida e não  lembre um "aviãozinho" ou um "coelhinho", ambos sedutores;
Ter apenas uma chupeta: Várias estimulam o uso;
Manter a chupeta escondida e em recipiente fechado, não pendurar na roupa;
Se a chupeta cair no chão, deve ser higienizada; Os odontólogos recomendam as ortodônticas e preferentemente devem ser de silicone;
Trocar a chupeta a cada três meses: Preferentemente por outro tipo, na tentativa de reduzir o apego;
Não oferecer a chupeta sempre que a criança chora:  Tentar acalmar a criança sem a chupeta, ofertar o consolo quando realmente necessário , por exemplo na hora do soninho e retirar logo que a criança adormeça.

Quando começar a tirar a chupeta?

O ideal é planejar o desestímulo logo no início do uso.


Enfermeira Soninha Silva 

Relação do Casal após chegada do Bebê

Construa um ambiente amoroso no Lar, o que conta para o bebê é a qualidade do acolhimento afetivo e simbólico por meio do qual os adultos  lhe garantem um lugar seguro e de reconhecimento.


É no Lar que as crianças aprendem sobre amor pela primeira vez, em parte com a mãe e em parte com o pai, trabalhando em equipe.  Casais com um bom casamento se tornam bons pais e seus filhos colhem os benefícios.  Devem dar ao seu filho o presente do amor, da segurança e uma sensação de pertencimento que só podem derivar de uma demonstração contínua de amor um pelo outro como marido e mulher.  Um relacionamento conjugal saudável e vibrante  é essencial  para a saúde emocional dos filhos.  Os casais devem continuar a viver, a vida não pára depois que o bebê chega. O ritmo pode diminuir por algumas semanas, mas não deve parar por completo.  Protejam e preservem o relacionamento, namorando seu cônjuge, continuando a fazer os gestos amorosos que eram apreciados antes da chegada do bebê.  Se o pai leva para a casa um presente para o bebê, aproveita e leva um para a mãe também.  Os gestos de amor que tornavam o casamento especial antes da chegada do bebê precisam continuar a ser especiais ao longo dos anos de criação dos filhos.  Cultivem a hora do sofá, pelos menos 15 minutos, todos os dias, sentados com o cônjuge falando dos acontecimentos do dia. Quando a criança percebe harmonia no relacionamento pai e mãe, a estabilidade  se espalha por todo o lar.  Com o tempo, à medida que o bebê crescer, os pais devem separar uma caixa de brinquedo para ele brincar enquanto o papai e a mamãe tem seu momento juntos. Para ajudar a reduzir o estresse que um bebê pode trazer a uma casa, os pais devem separar tempo e trabalhar as expectativas de uma relação  ao outro, antes do nascimento do nenê.  Devem dividir as atividades domésticas, pois os primeiros dias em casa com o bebe são os mais difíceis simplesmente porque tudo é novo e desconhecido.

Pais Solteiros
Já os pais solteiros enfrentam desafios na criação dos filhos, necessitam maximizar seus recursos emocionais e intelectuais, a despeito de seu estado civil. Eles tem trabalho dobrado nos cuidados e responsabilidades de criar um bebê, ao mesmo tempo em que costumam equilibrar  as funções de dono de casa , provedores e pais.  Com certeza amam seu filho com a mesma intensidade que qualquer casal e desejam dar a ele a melhor chance na vida.