terça-feira, 1 de setembro de 2020

DICAS DE AMAMENTAÇÃO por enfermeira Soninha Silva



O aleitamento materno é o modo mais apropriado e seguro de alimentação na primeira infância.

Proporciona uma combinação única de proteínas, lipídios, carboidratos, minerais, vitaminas, enzimas e células vivas, assim como benefícios nutricionais, imunológicos, psicológicos e econômicos reconhecidos e inquestionáveis.  

Mas não é um ato simples. Requer aprendizado e treino. 

Dificuldades na amamentação necessitam de ajuda e soluções imediatas de um profissional de saúde capacitado.  

Uma amamentação de sucesso depende de inúmeros fatores, entre eles, a decisão da mãe de querer amamentar, um peito que produza e libere leite, e um bebê capaz de sugar o seio materno de maneira correta. Se a mãe estiver cansada, insegura, cheias de dúvidas pode não conseguir amamentar. As dificuldades da amamentação, crendices, tabus e mitos podem levar ao desmame precoce.

Frequência e tempo das mamadas: Quanto mais a bebê mama, mais leite a mãe produz. Importante a nutriz se preocupar com sua alimentação e hidratação, para aumentar o volume do leite.   Amamentar em livre demanda. Em média os bebês dão sinais de fome a cada duas horas e meia ou três horas. Pode ser menos, ou às vezes um pouco mais. É importante que a mãe observe se houve esvaziamento da mama e que o bebê realize uma mamada completa num seio materno antes de oferecer o outro, com objetivo de saciar a fome do bebê, necessário para o ganho de peso.

O posicionamento correto da mãe e do bebê: Imprescindível para o sucesso da amamentação.  A posição mais usada é a sentada numa cadeira confortável, onde a mãe deve colocar a cabeça do bebê na curva do seu braço com a boca de frente para a região mamilo-areolar e o corpo do bebê próximo e voltado para a mãe (barriga com barriga).

Para que a pega do bebê no seio materno seja correta: A boca do bebê deve envolver a maior parte possível da aréola e não apenas o mamilo. O bebê deve abrir bem a boca, isso pode ser feito por meio do estímulo do reflexo de busca do bebê ao tocar suavemente o mamilo em sua boca. O queixo do bebê deve encostar na mama e o lábio superior e inferior encontra-se voltado para fora (boca de peixinho).     

O que fazer para evitar e diminuir o desconforto da fissura mamilar? Aprender a técnica da posição e pega correta do bebê no seio materno; iniciar a mamada pela mama menos afetada no caso dos traumas mamilares já instalados; Se for preciso interromper a mamada, não puxar o bebê do peito, introduzir o dedo indicador ou mínimo pela comissura labial da boca do bebê, de maneira que a sucção seja interrompida antes de a criança ser retirada do seio; Evitar o uso de protetores (intermediários) de mamilo que abafam e propiciam a proliferação de fungos (candidíase), se  usar, deve-se trocar com frequência, manter higiene constante da conchinha, utilizados quando há vazamento de leite.

Mamas cheias ou ingurgitadas, o que fazer? No caso de o bebê não conseguir esvaziar totalmente as mamas o primeiro passo depois que o bebê sugar o seio materno ou caso ele não consiga devido a situação, é realizar a ordenha manual ou com a bomba de preferência elétrica de boa qualidade para a extração do leite materno.  

Mamilos invertidos: Os mamilos invertidos não impedem a amamentação. Com ajuda do profissional a mãe obtém ajuda para posicionar e facilitar a pega do bebê no seio materno.


Por enfermeira Soninha Silva